Escola Democrática
A escola de hoje se prepara para os
novos desafios que vem por ai, uma delas é de determinar condições mais
adequadas para atender a diversidade dos indivíduos que participam. É
responsabilidade dos educadores respeitar a diversidade e ter condição de orientar
e ajudar na transformação de uma sociedade tradicional traçada pela exclusão.
Miguel Arroyo, diz que os movimentos na
diversidade de suas ações vêm tendo um papel reconfigurante de nossos sistemas educacionais
seletivos e excludentes e de suas pedagogias reguladoras, trazendo novos
embates ao campo do conhecimento, de sua produção, pesquisa e sistematização.
Esse conjunto de ações retoma, mas vão além, as pressões populares históricas
em nossas sociedades pelo direito ao conhecimento socialmente produzido. Nesse
sentido, as ações populares coletivas contemporâneas radicalizam suas relações
históricas com o conhecimento e com seus espaços de produção, sistematização e
de acesso. (ARROYO, 2006)
Morin (2000, p. 99) fala que as mudanças,
quaisquer que sejam, passam pela reforma das mentes das pessoas, pois são elas
que criam e mantêm as instituições do tamanho do seu pensar. Ele sugere a
“reforma do pensamento” como condição prévia para que se reformem as instituições,
que são feitas do jeito e do tamanho das pessoas que as configuram. Não existe
definido previamente um ponto que possa ser identificado como o começo. Segundo
Moorin, é preciso encarar essa tarefa como uma missão, que só pode ser amparada
em qualidades fundamentais como a fé e o amor: fé nas possibilidades inscritas
no ser humano e amor pelo que se faz. Em outra perspectiva Morin assinala
também que um sistema social humano pode mudar somente se seus membros
mantiverem interações desencadeadoras de mudanças nas suas corporalidades, o
que pode acontecer pelo encontro e experiências com outras pessoas, ou então,
por meio de interações que desencadeiam processos de reflexões sobre suas
circunstâncias de existência.
Na verdade, cabe ao professor, como educador
e agente transformador, engajar- se ao lado da massa oprimida fazendo com que
essa mudança aconteça.
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