quinta-feira, 2 de agosto de 2018

DIDATICA


PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO E AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
    A teoria de Piaget é construtivista, dando  sempre ênfase  ao papel estruturante do sujeito e foi ele que reformou em bases funcionais as questões sobre pensamento e linguagem. A Piaget interessava uma visão transformadora da epistomologia, por ser este um cientista experimental e  um pensador.
    A teoria de Vygotsky também apresenta um aspecto construtivista, já que procura explicar o aparecimento de inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de internalização, pois considera que é na troca entre pessoas, que tem origem as funções mentais superiores, que são mecanismos psicológicos complexos que envolvem controle de comportamento, ação e liberdade do indivíduo em relação ao momento.
   A teoria de Piaget também apresenta a dimensão interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do sujeito com o objeto físico, onde a criança observando este objeto ela vai aprender a afirmar unicamente o que ela percebe, a distinguir o que é real do que é produto da imaginação e consequência da afetividade, que influencia seu juízo; e, além disso, não está clara em sua teoria a função da interação social no processo de conhecimento. Para Piaget, a criança se apodera de um conhecimento sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir, inventar.
    Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui a relação do individuo com as pessoas e dele com  mundo, pois  está sempre mediado pelo outro. Estes mediadores são : Instrumentos e Signos.
    Os estudos de Vygotsky sobre a aquisição de linguagem enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a construção do conhecimento. Já para Piaget o desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de conhecimento a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação dessas estruturas em função do que vai ser assimilado. Para ele é o mecanismo que permite ao homem não só transformar os elementos assimilados, tornando-os parte da estrutura do organismo, como possibilitar o ajuste e a acomodação deste organismo aos elementos incorporados. Quando o campo afetivo está afetado a adaptação não acontece. Outro fator desenvolvido na teoria de Piaget é a maturação, onde acreditava-se que o desenvolvimento estivesse predeterminado e, o seu afloramento, vinculado apenas a uma questão de tempo.
Por sua vez Vygotsky criticou severamente este fator, pois acreditava que o desenvolvimento tinha sua origem nas capacidades humanas.
Outra divergência que notamos claramente é a respeito da fala egocêntrica. Enquanto que para Piaget é uma transição entre estados mentais individuais não verbais, de um lado, e o discurso socializado e o pensamento lógico de outro. Para Vygotsky está claramente associada ao pensamento e indica que a trajetória da criança vai dos processos socializados para os processos internos.
Desta forma, podemos dizer que para Vygotsky, o desenvolvimento é um processo que se da de fora para dentro, já para Piaget, o desenvolvimento se da de dentro para fora.



IMPORTÂNCIA DOS TEMAS GERADORES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Os temas geradores são estratégias metodológicas de um processo educacional, na qual, a conscientização da realidade é o ponto de partida para que haja uma maior aprendizagem por parte do aluno, um ponto de partida para o processo de construção. O tema deve ser significativo, gerador e pode desdobrar-se em outros temas, ampliando a construção do conhecimento, da aprendizagem. A investigação possibilita que que o professor se aproxime mais de seus alunos e de sua realidade. Para Paulo Freire o professor deve possibilitar a criação ou a produção de conhecimento, através da valorização do aluno, da sua cultura e das suas experiências.
   Os temas geradores na prática pedagógica, utilizados por Paulo Freire na educação, favorecem a leitura do mundo onde todos nós estamos inseridos. A linguagem e o pensar estão ligados diretamente à realidade dos grupos sociais. Considero assim que trabalhar com temas geradores sõa muito importantes na prática pedagógica de professores e alunos, pois possibilitam e facilitam o desenvolvimento da aprendizagem.



DIDÁTICA


              Consciência Fonológica 

     A alfabetização exige recursos e caminhos para nossas crianças se apropriarem e desenvolverem as habilidades de percepção, discriminação auditiva, bem como a composição gráfica de grafema=fonema.
    Há algumas crianças que exigem mais tempo, mais treino, mais observação, mais contato com material de estimulação manual, visual e de letramento.
    Deste modo no processo de alfabetização nos anos iniciais requer que a consciência fonológica seja trabalhada de forma lúdica para que favoreça o desenvolvimento no indivíduo das habilidades de percepção e manipulação da estrutura sonora das palavras. Por não ser algo homogêneo, a consciência fonológica apresenta diferentes níveis, ou seja, o nível da consciência de palavras que formam a frase, o da consciência de sílabas e, posteriormente, a consciência de fonemas. Cada um deles pode contribuir para o desenvolvimento dos outros, que por sua vez irão repercutir no aprendizado da leitura e da escrita. Existem muitas maneiras de estimular a consciência fonológica, mas, se o processo for lúdico, o resultado será mais satisfatório.



Escola Democrática
        A escola de hoje se prepara para os novos desafios que vem por ai, uma delas é de determinar condições mais adequadas para atender a diversidade dos indivíduos que participam. É responsabilidade dos educadores respeitar a diversidade e ter condição de orientar e ajudar na transformação de uma sociedade tradicional traçada pela exclusão.
      Miguel Arroyo, diz que os movimentos na diversidade de suas ações vêm tendo um papel reconfigurante de nossos sistemas educacionais seletivos e excludentes e de suas pedagogias reguladoras, trazendo novos embates ao campo do conhecimento, de sua produção, pesquisa e sistematização. Esse conjunto de ações retoma, mas vão além, as pressões populares históricas em nossas sociedades pelo direito ao conhecimento socialmente produzido. Nesse sentido, as ações populares coletivas contemporâneas radicalizam suas relações históricas com o conhecimento e com seus espaços de produção, sistematização e de acesso. (ARROYO, 2006)
     Morin (2000, p. 99) fala que as mudanças, quaisquer que sejam, passam pela reforma das mentes das pessoas, pois são elas que criam e mantêm as instituições do tamanho do seu pensar. Ele sugere a “reforma do pensamento” como condição prévia para que se reformem as instituições, que são feitas do jeito e do tamanho das pessoas que as configuram. Não existe definido previamente um ponto que possa ser identificado como o começo. Segundo Moorin, é preciso encarar essa tarefa como uma missão, que só pode ser amparada em qualidades fundamentais como a fé e o amor: fé nas possibilidades inscritas no ser humano e amor pelo que se faz. Em outra perspectiva Morin assinala também que um sistema social humano pode mudar somente se seus membros mantiverem interações desencadeadoras de mudanças nas suas corporalidades, o que pode acontecer pelo encontro e experiências com outras pessoas, ou então, por meio de interações que desencadeiam processos de reflexões sobre suas circunstâncias de existência.
       Na verdade, cabe ao professor, como educador e agente transformador, engajar- se ao lado da massa oprimida fazendo com que essa mudança aconteça.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

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          A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia. 
     Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe?! Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Cerceiam assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
A Informática educacional deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO


AVALIAÇÃO
     A avaliação classificatória tem um caráter seletivo, ela coloca o erro como propulsor de ação e o sujeito, são convidados a repetir muitas vezes o conteúdo para recuperar. A evasão escolar é muitas vezes frutos desta avaliação, ela é na verdade uma ação desmotivadora. Na avaliação mediadora, são assumidos compromissos de uma educação com ações paralelas, onde o individuo é acompanhado através de momentos planejados e desafiadores. Esta avaliação não é seletiva, mas visa o benefício do educando, com a intenção de promover, onde o professor é investigador, esclarecedor e organizador de experiências significativas de aprendizagem.  
     A escola promove a visão unilateral da avaliação, com sala de aula tradicional, em filas e de costas um para o outro e com um grande número de alunos e na frente de um professor, que é a figura central. As tarefas são rotineiras e provas desvinculadas do processo de construção do conhecimento, descaracterizando assim a avaliação. Após as avaliações o professor, no cumprimento das exigências da escola, da no final do bimestre uma nota ao aluno. A partir daí, continua sua tarefa de “dar a matéria”, apenas para classificar. As recuperações geralmente são aparentes, pois não recuperam de verdade a aprendizagem do aluno, posto que esta recuperação é dada da mesma forma em que foi dada a aula, ou seja, não visão o interesse do aluno.

EJA


ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS
       A alfabetização de adulto merece, em primeiro lugar, a valorização de sua história, de sua bagagem, de sua história de vida partindo sempre daquilo que o aluno já sabe. Em segundo lugar o professor deve ter um embasamento teórico, que inclua todas as experiência de seus alunos. O professor da EJA deve sempre escutar seu aluno e fazer com que ele fale e participe, questionando e dando sua opinião. Assim o aluno vai aos poucos dominando a escrita e adquirindo confiança cada vez maior.