AÇÕES
COLETIVAS E CONHECIMENTOS: OUTRAS
PEDAGOGIAS?
Vincular
ações coletivas, conhecimento e pedagogias supõe o reconhecimento das
experiências e ações desses coletivos organizados ou não em movimentos sociais. Ações coletivas na diversidade de campos e
fronteiras de luta pelo direito à vida,
terra, ao teto e
território, à identidade, orientação sexual, memória e cultura, à saúde,
educação e dignidade, à justiça, igualdade, às diferenças são importantes para o desenvolvimento de um
país.
Os
confrontos no campo do conhecimento, dos valores e saberes, das culturas e
identidades e dos modos de pensar fazem
parte da formação de nossas sociedades, aprendemos que sem o conhecimento não
chegamos a lugar nenhum que pode mais quem sabe e que domina e não é
subordinado, assim os movimentos sociais e as ações coletivas que vem fazendo
do conhecimento, da cultura, da memória e identidades são utilizados como um campo de afirmação.
Os espaços se apresentam como alternativas
promissoras de conformação de espaços de produção, diálogo, sistematização,
tradução de outros conhecimentos e outras pedagogias. Essas pressões históricas
pelo acesso e permanência nos espaços do conhecimento estão sendo redefinidas de ofertas para os excluídos a caracterização de espaços de lutas daqueles
mantidos historicamente fora pela ocupação dos espaços e instituições de dentro,
se fazendo copresentes, ou seja, os sem
terras não só procuram um espaço para produzir mas procuram esse espaço dignos
com lutas justas e críticas coerentes .
Uma contribuição de extrema
relevância trazida pelas ações e presenças afirmativas dos coletivos: para
repensar-se as teorias e pedagogias sócio-educativas dos Outros terão que
repensar as formas como tem sido pensados os Outros, os diversos e os
diferentes em classe, raça, etnia, gênero, campo, periferia. Pensar as relações
entre ações coletivas e conhecimento exige adentrar-nos nessa repolitização que
como coletivos presentes, afirmativos repõem sobre sua produção na nossa
história e especificamente na história da conformação nas ciências sociais e
pedagógicas.
A exclusão
como o princípio para entender sua produção e as políticas inclusivas como
remédio. As Pedagogias de inclusão, participação são inventadas do lado dos
incluídos para incluir os excluídos.
Nem lutam para
que sejam mais eficientes, com mais recursos, que os incluam logo a todos. Se sabem produzidos e inferiorizados em
processos sociais, políticos, culturais e até pedagógicos bem mais radicais.
Consequentemente suas ações são mais radicais.
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